Introdução: Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), é uma doença que altera a maturação das células sanguíneas devido a uma mutação genética, tornando-as cancerosas. Essas células anormais proliferam rapidamente e substituem as saudáveis da medula óssea. A Leucemia Linfoide Aguda (LLA) é o câncer infantil mais comum, representando aproximadamente um terço de todos os casos de neoplasias malignas em crianças. A assistência a pacientes com câncer deve considerar mais que sua necessidade clínica. É essencial mudar de uma abordagem apenas biomédica para uma assistência em saúde que leve em conta tanto as potencialidades quanto as fragilidades dos pacientes em relação ao diagnóstico e tratamento. A enfermagem desempenha um papel crucial no tratamento e cuidado dos pacientes.
Objetivos: Analisar a importância dos cuidados de enfermagem prestados a criança com Leucemia Linfoide Aguda nos cuidados paliativos.
Método: Trata-se de um estudo de revisão narrativa, realizada em maio de 2025, que utilizou a BVS-Virtual Health Library como base para a coleta de dados. Os critérios de inclusão foram artigos originais completos publicados entre os anos de 2020 e 2025, nos idiomas português e inglês. A pergunta norteadora do trabalho foi: “Qual a importância dos cuidados de enfermagem para crianças com Leucemia Linfoide Aguda em cuidados paliativos?”.
Resultados/Discussão: A partir das pesquisas realizadas, foram encontrados 9 artigos originais. A partir da uma leitura exploratória, 4 desses artigos foram selecionados por atenderem aos critérios do tema em questão. Segundo a literatura, o enfermeiro desenvolve uma importante função no cuidado a pacientes oncológicos, através da utilização da Sistematização de Enfermagem (SAE) é possível agregar conhecimentos teóricos e práticos, avaliar a qualidade do atendimento e a evolução do tratamento. Por estarem em contato direto e contínuo com o paciente em cuidados paliativos, esses profissionais proporcionam conforto, apoio e não somente suporte clínico, como também psicológico, principalmente na pediatria. Vale ressaltar a importância da formação de profissionais nessa área, pois, ao promover uma relação humanizada centrada na criança, o enfermeiro pode adotar atividades inovadoras e adaptáveis com os pequenos e suas famílias, com o objetivo de reduzir as dificuldades enfrentadas e tornar a experiência menos desagradável.
Conclusão: A LLA é um desafio na oncologia pediátrica, pois, trata-se de uma patologia que além dos sintomas clínicos, cerca o paciente e sua família de incertezas, medos e ansiedade. Necessitando de uma abordagem holística que vá além da assistência clínica. Ao promover um ambiente acolhedor e humanizado, os profissionais de enfermagem não só aliviam o sofrimento físico, mas também oferecem suporte emocional, essencial em momentos tão delicados. A formação contínua e a adoção de práticas inovadoras são cruciais para aprimorar essa assistência, tornando-a cada vez mais eficaz e sensível. Portanto, investir na capacitação dos enfermeiros é um passo vital para melhorar a qualidade dos cuidados paliativos oferecidos a crianças com LLA, promovendo uma experiência menos traumática e mais digna durante o tratamento.
Comissão Organizadora
Jonathan Wedson da Silva
Vanessa Rayane
Vitor Silva Maia
Comissão Científica
Fernanda Claudia Miranda Amorim